LUPUS é uma doença inflamatória crónica que afeta cerca de 15 mil portugueses.
Trata-se de uma doença da família dos reumatismos e de natureza auto-imune, que acontece quando o nosso sistema imunológico ataca, por erro, os tecidos e órgãos saudáveis do corpo.
A doença está dividida entre:
  • lupus discoide: lesões cutâneas avermelhadas que costumam aparecer na pele da cara, nuca ou couro cabeludo​ ( em forma de borboleta );
  • lupus eritematoso sistémico: pode afetar todo o organismos, causando dor e lesões, nos órgãos internos como os Pulmões, Coração e os Rins​
  • lupus induzido (temporária): por drogas ou medicamentos que podem provocar uma inflamação temporária e provocar sintomas semelhantes aos anteriores.​
Os sintomas mais comuns são: fadiga, dor nas articulações, rigidez muscular e inchaço que diminui a qualidade de vida e autonomia no dia-a-dia e feridas e manchas avermelhadas na pele, causando comichão e afetando a cara, afeta também muito a autoestima da pessoa. ​
Na Medicina Convencional, o tratamento é feito através de anti-inflamatórios, protetores solares, corticoides tópicos (casos mais leves) ou sistémicos (casos mais graves) e ainda combinados, nos casos mais graves, com imunossupressores (para diminuir a resposta imunitária do corpo) e travar a progressão da doença.​
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Na Medicina Chinesa, é classificada como uma doença do síndrome Wei, isto é, insuficiência ou inexistência da energia defensiva (wei qi) com ataques sucessivos externos por vento-frio, vento-calor e vento-humidade. Manifesta-se clinicamente, com sintomas que dependem de pessoa para pessoa, afetando a pele como prurido, comichão e manchas, ou dores generalizadas incapacitantes e, nos casos mais graves com afetação dos órgãos (ex. problemas cardíacos, hipertensão, nefrites e até falencia de orgão). ​
Um bom diagnóstico na 1a consulta é muito importante para definir a estratégia terapêutica melhor para cada caso. O tratamento passará por “equilibrar o desequilíbrio”, reforçando as defesas do corpo e o Wei Qi (energia defensiva), melhorando assim a qualidade de vida das pessoas que procuram esta medicina quando muitas vezes a medicina convencional já não está a conseguir aliviar os sintomas.
As técnicas usadas serão: a acupuntura e a massagem terapêutica tuina para melhorar as dores e a mobilidade osteoarticular, as plantas medicinais para reforço do sistema imunitário e combater os efeitos da doença e também algumas mudanças alimentares, diminuindo o consumo de alimentos inflamatórios conjuntamente, com o reequilibro das emoções, pois a mente e o corpo influenciam-se mutuamente, sendo que as emoções exacerbadas de irritabilidade, tristeza, medo e falta de autoestima, comuns nesta doença, podem ajudar ainda mais a agravar o problema e a debilidade interna dos órgãos, então pontos de acupuntura para acalmar a mente e regular as emoções também serão utilizados no tratamento.​
Por fim, saliento aqui que a grande diferença na terapêutica nestas duas medicinas será, na medicina convencional, irá ser usado medicamentos (como cortisona e imunossupressores) que baixam ou diminuem a imunidade e as defesas – boas e mas, enquanto que para a medicina chinesa não há defesas boas e más, há sim falta de defesas, que levam o corpo a estar exposto, então o obetivo será fortalecer o organismo para se defender bem e da fora correta. São maneiras e estratégias diferentes de atuar, mas que resultam e que em complementaridade ou não, acredito que possam ser muito uteis para ajudar a melhorar a qualidade de vida de doentes com LUPUS.

NOTAS: